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DESINFECÇÃO QUÍMICA

Como falamos em nossa última publicação, o tema desta semana será a DESINFECÇÃO QUÍMICA, fique conosco, nos acompanhe nas redes sociais e em nosso blog: https://sandersdobrasil.com.br/blog/

 

DESINFECÇÃO QUÍMICA

 

Deve ser a última escolha para o processamento de produtos termossensíveis em decorrência da complexidade do processo de desinfeção manual por meio de imersão e da toxicidade dos desinfetantes para os trabalhadores, pacientes e meio ambiente.

Fatores que interferem na ação do desinfetante químico:

 

  • Natureza do item: articulações, cremalheiras e reentrâncias são barreiras à limpeza e, consequentemente, à penetração do germicida líquido e podem requerer maior tempo de contato para obtenção da eficácia.

  • Número de micro-organismos presentes no produto: quanto maior o nível de contaminação microbiana presente, maior deve ser o tempo de contato com o germicida.

  • Resistência intrínseca dos micro-organismos: determina a classificação dos germicidas em níveis, quanto ao espectro de ação.

  • Quantidade de matéria orgânica e inorgânica presente: podem ocasionar a ineficácia do germicida por três mecanismos:  

                      . Conter população microbiana em grande quantidade e variedade;

                      . Impedir a penetração do germicida ou funcionar como barreira mecânica para o contato com o micro-                                        organismo, dificultando sua ação letal;

                      . Inativação direta e rápida de certos germicidas.

 

A limpeza rigorosa e minuciosa do material antes do processo de desinfecção é fundamental!!!

 

  • Tipo e concentração do germicida: escolher o germicida com espectro de ação adequado para o nível de desinfecção pretendido para os materiais. Não hiperdiluir.

  • Tempo e temperatura da exposição: obedecer aos tempos de exposição determinados pelo fabricante e expressos no rótulo do germicida.

  •  

ATENÇÃO: aumentar o tempo de exposição como uma maneira de corrigir falhas (limpeza duvidosa, hiperdiluição da solução, prazo de validade vencido) não melhora a eficácia germicida e acrescenta maior risco de dano aos materiais.

Como não há um único desinfetante que consiga reunir todas as qualidades desejadas, é necessário optar pelos germicidas que mais se aproximam do modelo ideal, conforme o nível de desinfecção necessário para o produto. Considerar a segurança do paciente e do profissional, a toxicidade do germicida e os danos que podem causar aos materiais.

 

Precauções na utilização dos agentes químicos:

  • Impedir contato com olhos, pele e roupas durante a manipulação;

  • Em caso de ingestão acidental, não provocar vômitos e beber água em abundância;

  • Procurar o centro de intoxicações ou o serviço de saúde mais próximo, levando a embalagem ou o rótulo do produto;

  • Não misturar com outros produtos químicos;

  • Não reutilizar a embalagem vazia;

  • Nunca reintroduzir o produto em sua embalagem;

  • Em caso de derramamento, diluir com água em abundância.

  •  

Germicidas para desinfecção de alto nível:

 

Glutaraldeído

  • Desinfetante de alto nível – amplo espectro de ação;

  • Estável;

  • Compatível com os mais diversos equipamentos e produtos de diferentes matérias-primas: não é corrosivo a metal, não danifica equipamentos ópticos, borracha ou plástico;

  • Ação esporicida com solução ativada;

  • Tempo de vida da solução limitado após a ativação: polimerização de moléculas de glutaraldeído, com bloqueio dos locais ativos do aldeído, responsável pela atividade biocida;

  • Desvantagens: fixa matéria orgânica nos materiais, causando incrustações e até obstrução de lumens, quando a limpeza dos materiais não foi feita adequadamente antes da imersão no desinfetante. Tóxico para profissionais da saúde e pacientes. 

 

Contraindicado para desinfecção de acessórios de assistência ventilatória;

 

Manuseio:

  • A exposição aos vapores está relacionada a dermatites, irritação de membranas mucosas, epistaxe, rinites e sintomas pulmonares;

  • O ambiente deve ser monitorado quanto aos níveis de concentração no ar. A ventilação do local deve prever sistema de exaustão com sete a quinze trocas de ar por hora;

  • EPI: luvas nitrílicas ou butílicas, óculos de proteção, avental impermeável de mangas longas e respirador semifacial PFF2+VO;

  • Luvas de látex são mais permeáveis ao produto, podendo ser utilizadas somente quando o tempo de contato for inferior a 10 minutos.

Cuidados diante exposição:

  • Exposição cutânea: lavar a área exposta com água, enquanto são removidas as roupas. Continuar a lavar por vários minutos e procurar assistência médica.

  • Exposição ocular: lavar imediatamente com água, continuamente, por 15 minutos. Se o exposto estiver usando lentes de contato, não tentar removê-las.

  • Exposição ao vapor: retirar o indivíduo do ambiente para um local bem arejado. Se a dificuldade respiratória se mantiver, administrar oxigênio e encaminhar o exposto à assistência médica.

 

Ortoftaldeído

  • Excelente ação micobactericida, sendo superior ao glutaraldeído;

  • Baixa ação contra os esporos;

  • Estável, menor nível de odor, não precisa de ativação;

  • Recomenda-se o uso de máscara contra vapores orgânicos;

  • Excelente compatibilidade com matérias-primas de produtos e equipamentos;

  • Desvantagens: o surgimento de manchas acinzentadas nos materiais por reação a proteínas, decorrentes de sujidade residual. Essas manchas também podem ocorrer nas mãos dos profissionais, quando não utilizam luvas. Enxágue difícil. Reação anafilática em pacientes oncológicos submetidos a repetidas cistoscopias;

  • EPI: luvas, avental impermeável, óculos de proteção e máscara.

 

Ácido peracético

  • Rápida ação microbicida: destrói bactérias Gram-negativas, Gram-positivas e fungos em 5 minutos, em concentração de 100 ppm e na ausência de matéria orgânica ou na concentração de 500 ppm na presença de matéria orgânica;

  • Pode ser utilizada, por método manual, para desinfecção por imersão por 10 minutos;

  • Concentração é fórmula dependente;

  • Não produz resíduos tóxicos;

  • Mantém ação na presença de matéria orgânica;

  • Esporicida mesmo em baixa temperatura;

  • Desvantagem: poder corrosivo em cobre, latão, bronze, aço comum e ferro.

 


Secagem, Embalagem e Guarda dos Materiais Desinfectados

 

 

  • Manipular e acondicionar produtos desinfetados com técnica limpa – utilizar luvas de procedimento sem talco para prevenir a recontaminação de materiais desinfetados e zelar pela segurança do paciente.

  • Secagem: pode ser feita com secadoras de materiais, pistola de ar comprimido ou material absorvente (têxtil ou não tecido) limpo que não libere partículas ou fiapos.

  1. A secagem por ação gravitacional deve ser evitada, pois o longo tempo que exige para que o material seque favorece a recontaminação, em função da proliferação microbiana.

 

 

Depois de realizar a secagem eficientes dos materiais, os mesmos desinfetados devem ser embalados: sacos plásticos selados, recipientes plásticos com tampa, previamente limpos e desinfetados.

 

É recomendado que os registros dos processos de desinfecção sejam arquivados por no mínimo 5 anos ou conforme a legislação vigente.

 

 

Podemos destacar alguns equipamentos utilizados na CME para limpeza e desinfeção como: lavadoras ultrassônicas, Termodesifectoras, reprocessadoras de endoscópios, conjunto de pistolas, secadoras de materiais. Todos estes equipamentos a Sanders disponibiliza para você através de venda ou aluguel.

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